27 de janeiro de 2007

Aquecimento Global

Nunca uma tragédia como está a ser o Aquecimento Global afectou, tão intimamente, tantas espécies no tempo e no espaço. É, por isso, incontornável que saibamos o que se passa, mas principalmente o que se vai passar, se continuarmos nesta consciência imóvel.


O Aquecimento Global, como o próprio nome indica, trata-se de um aumento da temperatura média, que se tem vindo a verificar a um ritmo assustadoramente acelerado no planeta Terra, devido à actividade humana, tendo vindo a alterar todo um conjunto de fenómenos climatéricos, nomeadamente a inconstância e acentuação das estações, para além da subida do nível dos oceanos, devido ao derretimento dos calotes polares. Este fenómeno foi coincidente com a revolução industrial e tecnológica, que provocou um aumento exponencial da libertação de gases com efeito de estufa, principalmente de CO2, associados à queima de combustíveis fósseis (essencialmente petróleo), que bloqueiam a evasão do calor, da terra para o espaço.

Com um objectivo, ainda que duvidosamente eficaz, de diminuir em 5% as emissões de gases com efeito de estufa até 2012, a grande maioria dos países industrializados, ratificou o Protocolo de Quioto, com a excepção irónica dos EUA (maior emissor de CO2, dobro do 2º país maior produtor) e da Austrália. É assustador como o capitalismo do governo americano, baseado no petróleo, já se sobrepõe à vida das pessoas do próprio país, como se pôde ver, por exemplo, com os efeitos furacão Katrina. Chegando ao cumulo de segunda-feira (dia 21) os dirigentes de algumas das maiores empresas americanas terem enviado uma carta a Bush para que tome medidas de modo a enfrentar este problema.

Com tudo isto, parece que nós, seres humanos, com esta nossa sede voraz de conforto, continuamos a destruir esta nossa casa comum, sem nos apercebermos o quão desconfortáveis nos iremos sentir quando tivermos a certeza que já a destruímos, e que não podemos construir outra.

Por isso, para além de serem necessárias, o mais rapidamente possível, estratégias políticas, drásticas e viáveis, que ataquem este problema, que com uma rapidez cada vez mais insaciável se tem vindo a apoderar do nosso planeta, é também preciso que um por um, repensemos que futuro queremos para nós, e para todos os que virão, e evitemos que num dia cada vez menos distante, sejamos meros seres pensantes que apenas sobrevivem através de máscaras sufocantes.



O futuro?


O número de furacões de nível 4 e 5 duplicou nos últimos 30 anos.


A malária atingiu locais de maior altitude como os Andes Colombianos, 2000 metros acima do nível do mar.


A quantidade de água proveniente de glaciares na Gronelândia duplicou na última década.


Pelo menos 279 espécies de plantas e animais já reagiram ao aquecimento global, migrando em direcção aos pólos.



Se o aquecimento continuar esperam-se consequências catastróficas…


As mortes relacionadas com o aquecimento global duplicarão dentro de 25 anos, para cerca de 300.000 pessoas por ano.
A nível global, o nível do mar pode subir mais de 6 metros com a perda do gelo armazenado na Gronelândia e na Antártida, devastando zonas costeiras em todo o mundo.


As vagas de calor serão mais frequentes e mais intensas.



Secas e incêndios florestais ocorrerão com mais frequência.

O oceano Árctico poderá derreter completamente até 2050.
Mais de um milhão de espécies a nível global poderão estar extintas em 2050.
Esperemos que não...

Não há dúvida de podemos resolver este problema. As mudanças pequenas no teu quotidiano podem acrescentar grandes diferenças para travar o aquecimento global. A altura de resolvermos este problema juntos é agora – AGE!
Catarina Fernandes

22 de janeiro de 2007

OCDE E ENSINO SUPERIOR

Escusado será dizer que este ano vai haver cortes orçamentais no ensino superior, é daquelas verdades Sebastianistas, como os fogos em agosto e os professores do secundário a queixarem-se do concurso de colocação em setembro. No entanto este ano o governo foi obrigado a arranjar qualquer coisa que se parecesse com um argumento porque desta vez os alunos pregaram-lhe uma partida, é que este ano, ao contrário dos últimos 7 (em que houve sempre cortes orçamentais), aumentou o numero de estudantes no ensino superior. Então o governo chamou a cavalaria...
E a OCDE veio dizer "Ah e tal sim senhor, parabéns excelente trabalho o do vosso país. Mas vocês têm mesmo é que se livrar dessa gente que vos anda a atrapalhar, e que tal transformar as universidades em cooperativas e correr com esses energúmenos todos da função pública?!" ao que o governo responde, "epá isso pra já pra já não dava ainda éramos capazes de ter de trabalhar ou assim, mas é uma óptima ideia assim dava pra ir privatizando as faculdades todas! Assim uma de cada vez! Só pra não virem os outros energúmenos por em causa o bom nome do nosso país arduamente conseguido nos últimos anos mostrando o rabo ao Mariano Gago.”
Mas falando mais a sério um pouco, não é por acaso que falo em despedimentos privatizações e em livrarmo-nos dos alunos senão vejamos.
Quando confrontados com a incapacidade do pagamento de salário aos funcionários devido a estes cortes cegos nas faculdades a resposta do governo foi simples e taxativa, nas palavras do ministro “O governo irá ajudar a pagar as rescisões” E aqui temos uma diferença para casos anteriores em que os ministros se desfaziam em frases do género ”as faculdades têm de ter receitas própria” ou” bem! isso vai ter de ser visto caso a caso”. Mas este governo é diferente, são até muito pragmáticos aliás o argumento que foi dado para o corte brutal desta verba do OE é simples e de inferência directa “este ano Bolonha vai estar implementada em 50 por cento dos curso como tal não será necessário tanto dinheiro, e eu bem sei que não vale a pena queixar-me de que Bolonha era pra ser implementada este ano no iscte, MAS NO PRIMEIRO ANO, aconteceu que os meu colegas de terceiro ano tiveram a agradável surpresa de conseguirem ser finalistas um ano mais cedo que o previsto é esta a parte em que eles se esforçam por se livrar de nós só que isto não explica os cortes orçamentais porque, sim temos cursos mais curtos, mas TEMOS MAIS ALUNOS NO ENSINO SUPERIOR QUE NO ANO PASSADO.
Finalmente as privatizações, esta parte não foi escrita por mim, foi retirada de um site o pararbolonha.blogspot.com que é um blog muito bom, que por sua vez o tirou de um outro blog, o Avenida Central, que não é grande coisa
«Notas sobre o novo socialismo [de José Sócrates]: Como privatizar [as] Universidades em 8 actos?»

1 - Pede-se um parecer à OCDE que defenda que as Universidades e [os] Politécnicos passem a ser Fundações;
2 - Diminui-se drasticamente o financiamento das Universidades;
3 - Não se permite que as Universidades usufruam das suas receitas próprias;
4 - Convertem-se as Universidades públicas em Fundações;
5 - Volta a reduzir-se o financiamento do Estado às Universidades;
6 - Começam a surgir notícias sobre a falta de produtividade dos professores universitários e a má atitude dos estudantes.
7 - O Ministro do Ensino Superior afirma: "Perdi as Universidades, os professores e os estudantes mas ganhei os grandes grupos económicos."
8 - Avança a privatização [do Ensino Superior público].
Miguel Paula
(aluno do 1º ano de Marketing)

7 de janeiro de 2007

PORQUE VOTAMOS SIM

10 razões para votar SIM


1. Esta lei persegue e humilha as mulheres
Nos últimos anos, dezenas de mulheres passaram pela humilhação dos julgamentos. Perante toda a gente, a sua vida privada foi devassada e escrutinada, juntamente com maridos, namorados ou pais. Algumas das mulheres que estão a ser julgadas já estão grávidas ou tem filhos desejados, a quem têm de explicar porque vão a tribunal. Portugal é o único país da Europa onde esta vergonha continua.

2. O Aborto Clandestino é um grave problema de Saúde Pública
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, já muitas mulheres morreram em Portugal por causa de abortos clandestinos. Milhares de outras ficaram com sequelas psicológicas e físicas, incluindo a esterilidade permanente. Todos os anos, milhares de mulheres chegam às urgências dos hospitais com hemorragias e complicações várias decorrentes de abortos clandestinos feitos em condições deploráveis.

3. É mais fácil combater o aborto se a lei for alterada
Actualmente, as pessoas que recorrem ao aborto clandestino não têm qualquer espécie de acompanhamento. Se o aborto se realizar em estabelecimentos de saúde legais, implicará consultas de acompanhamento, planeamento familiar e educação sexual, que contribuem para minimizar a possibilidade de uma nova gravidez indesejada.

4. A despenalização não obriga ninguém
As duas opções deste referendo não são simétricas: Quem defende a despenalização, defende que todas as mulheres possam decidir de acordo com a sua consciência. Quem defende o não, defende o julgamento e a prisão dos que não partilham os seus valores.

5. Não há métodos contraceptivos 100% seguros
Isso quer dizer que nenhum casal sexualmente activo, por muito informado e cuidadoso que seja, está livre de se confrontar com uma gravidez indesejada. Pode acontecer a tod@s. É por isso que é importante que, cada um e cada uma possa decidir como agir numa situação dessas.

6. A maternidade e a paternidade devem ser escolhas conscientes e responsáveis
A maioria das mulheres que recorrem ao aborto já são ou querem vir a ser mães. A maternidade e paternidade exigem condições emocionais e económicas, de estabilidade relacional e profissional, que permitam aos pais dar o melhor de si aos seus filhos. Defender a escolha é defender uma maternidade e uma paternidade conscientes e responsáveis.

7. As dez semanas permitem a qualquer mulher identificar a gravidez
Sendo o aborto despenalizado até às dez semanas, nenhuma mulher que não deseje essa gravidez, a deixará arrastar. Os números mostram que, nos países em que a lei permite um período de escolha, na esmagadora maioria dos casos, o aborto eh realizado numa fase inicial da gestação e por via medica e não-cirúgica.


8. Os países com melhor educação sexual e planeamento familiar despenalizaram o aborto
Não há contradição entre a educação sexual, o planeamento familiar e a despenalização do aborto. Antes pelo contrario, os países com melhores praticas e indicadores ao nível da educação sexual e planeamento familiar são todos países que despenalizaram o aborto.

9. O aborto clandestino afecta em particular os mais desfavorecidos
São as mulheres que tem menos informação e menos recursos, as mais jovens e sozinhas que recorrem ao aborto de vão de escada e ao auto-aborto. E são também as mais vulneráveis à perseguição judicial.

10. Este é um problema de tod@s
Há oito anos, o Sim perdeu por falta de comparência. Muitos consideraram que o problema não era seu. Outros acreditaram nas sondagens que davam vantagem ao Sim e não se preocuparam. Não deixes que outros decidam por ti. Vota no Referendo. Vota Sim.