28 de março de 2007

COMUNICADO DE MOVIMENTOS ESTUDANTIS

Derrota da Extrema-Direita em Letras!!!

O resultado das eleições para a Associação de Estudantes da Faculdade de Letras de Lisboa derrotou esmagadoramente o medo e a ameaça promovida pelos representantes da lista X, composta por elementos de extrema-direita, cujos nomes não foram sequer divulgados.

A participação nestas eleições excedeu significativamente a dos últimos anos. Os resultados foram conhecidos já na madrugada de hoje. Das cerca de mil pessoas que votaram 2ª e 3ª feira, cerca de 91% opuseram-se, com o seu voto, à lista em questão, numa demonstração clara da mobilização dos estudantes contra o crescimento e legitimação de grupos com ideais fascistas na nossa sociedade. É igualmente uma derrota da recente operação cosmética aplicada ao fascismo e às suas figuras.

No entanto, esta importante derrota dos estudantes de extrema-direita, não deixa de comprometer os responsáveis da Faculdade de Letras, assim como os das restantes faculdades e entidades políticas, na tomada de medidas que impeçam atitudes violentas, intolerantes e racistas.

Os grupos que subscrevem este comunicado trabalham nas suas faculdades por um espaço aberto e democrático, procuram uma Escola sem Racismo e lutam pela liberdade.

28.03.07


G.A.E. - Grupo de Acção Estudantil (ISCTE)
M.A.T.A. - Movimento Anti “Tradição Académica”
MISTA - Movimento por um IST Alternativo (Instituto Superior Técnico)
]MOVE[ - Movimento Aberto por Outra Vida na Escola (Instituto Superior de Agronomia)

18 de março de 2007

Isto não pode ficar em branco!!!!

aqui vai um apelo que expressa bem o que se está a passar mesmo ao nosso lado. . .nos próximos tempos somos tod@s de Letras!!!

Amigos e Amigas:

Este mail constitui um alerta público, que dirá respeito mais a uns que a outros mas que me parece importante dar-vos a conhecer. Deixo-vos aqui 3 links para a imprensa nacional que contam resumidamente a história que motiva este mail que vos mando.

http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=785851&div_id=291

http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=786138&div_id=291

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=25732

De há uns anos para cá (cerca de 2) que a minha Faculdade (para quem não sabe ou está esquecido, a F. de Letras) tem recebido alguns alunos nas várias licenciaturas assumidamente militantes do partido nacional renovador (PNR), de frentes nacionalistas ou simplesmente simpatizantes do saudosismo fascista. Nada de estranho ou preocupante; a extrema-direita é uma minoria conhecida, referenciada, e constitucionalmente legítima enquanto ideologia. A verdade é que a tensão dentro das paredes da faculdade tem aumentado; frequento-a há 4 anos e é, neste momento, um espaço que em nada se assemelha àquela que fui encontrar enquanto caloira. Já houve provocações, troca de galhardetes, stencil pintado e repintado, autocaloantes colados e rasgados; murais de abril vandalizados; enfim, uma situção mais ou menos antiga que culminou num ajuntamento de skinheads na faculade, na passada quinta feira. Skins, hammer skins, essas sub-ramificações de que eu percebo muito pouco mas de que sei o suficiente para saber que alguns deles são verdadeiros carrascos que vivem destas manifestações de força colectiva e provocação gratuita que foi o que aconteceu nesse dia. Aparentemente, muito pouca gente sabe da dimensão que o núcleo de extrema direita tem neste momento dentro da faculdade, e da obstinação em fazer valer os seus símbolos no espaço da faculdade, que, como sabem, foi sempre um espaço de tradição de esquerda. Hoje a militancia comunista na faculdade é relativamente escassa, mas o espírito geral é (e tal como eu me postulo politica ou apoliticamente) de tolerância, pluralidade cultural, e acima de tudo de militantes da democracia. Assusta-me a dimensão que o prolema está a tomar, e em reunião com alguns colegas (uma espécie de comité de geração espontânea de esplanada que resultou destas últimas tensões), decidimos fazer chegar as nossas preocuações aos nossos amigos e conhecidos. Estamos a preparar eventos para a abril, e uma espécie de conversa informal para a qual contamos com a colaboração de alguns dos nossos professores, com o José Mário Branco (nosso "colega" de linguística), entre outros, não como uma resposta provocatória ou uma acção estritamente anti-fascista, antes uma sessão de esclarecimento e de recuperação de temas históricos que despertem a atenção e a preocupação dos mais distraídos. Queremos despolitizar o mais possível estas acções. Queremos trazer pessoas de todos os quadrantes políticos e sociais (da esquerda e da direita), que comunguem apenas da mesma convicção democrática, anti-fascista. Minorias étnicas, minorias sexuais, todo o tipo de grupos humanos repudiados pela extrema direita, são estas as pessoas que queremos mobilizar para um Abril que julgamos particularmente importante, perante a aurora de uma nova extrema direita organizada, determinada. Uma das principais armas da extrema direita é a conotação deste tipo de eventos com o comunismo puro e duro, a extrema esquerda. Somos todos comunistas; estratégia deliberada e não inocente, visto que a extrema esquerda tem ela própria muito de condenável. Daí que despolitizar seja essencial; despolitizar, descentralizar. Tornar esta preocupação que emana da nossa instituição a de todos os portugueses que prezam a democracia. Não me quero alongar mais; gostaria de contar com vocês na minha faculdade nos próximos tempos. Não queremos erradicá-los, acabar com eles, provocá-los. Nem fazê-los mudar. Queremos sentir-nos seguros, na rua, nos corredores da faculdade. Porque já houve gente ameaçada, provocada. Gente com medo de andar sozinho na rua, de ir para a faculdade (!). Queremos que permaneçam a minoria que são, o fenómeno sociológico bizarro que constituem e nada mais. M-lhes que "somos mais", somos muitos, bons e maus, melhores ou piores, mas não abdicamos da liberdade que abril trouxe.

Façam me chegar ecos das vossas opiniões, do que eventualmente sabem noutros sítios, de informação útil; mesmo se teêm contactos úteis de grupos / instituições que se interessem da integração neste tipo mobilização.
Beijinhos para todos
Jessica.

Não se fiquem pelos ecos. . vão lá, vejam com os vossos olhos, e indignem-se em nome da liberdade!

Ainda A.G.A.

Por enquanto @s estudantes do ISCTE ainda podem gozar duma A.G.A.
Nu futuro, apenas aqueles que pagarem cota poderão! Basta que a proposta de alteração dos estatutos da AE (aprovada em RGA por uma audiência nada representativa), seja promulgada em DR. Até lá resta-nos correr contra o tempo e aproveitar os últimos dias de alguma participação democrática de tod@s @s alun@s do ISCTE.
Assim fez o GAE na última A.G.A. convocada pela Mesa da Assembleia Geral de Alunos, no último dia 12.

A Ordem de Trabalhos (OT) pré-estabelecida centrava-se sobre a abertura do processo eleitoral para a Associação de Estudantes do ISCTE, aprovando-se tanto o regulamento como o próprio calendário eleitorais.

O GAE começou bem!
Conseguindo logo no início aprovar o acrescento do ponto Outros Assuntos à OT, sendo que este seria dedicado a discutir o ISCTE e o Ensino Superior.
Face à escassez de plenários de estudantes no ISCTE, face ao desinteresse por parte da AE em promover o debate com maior frequência entre @s estudantes, o GAE considerou que esta seria uma boa oportunidade de, ainda que com fraca audiência, discutir os problemas mais evidentes para quem estuda no Ensino Superior em geral, e no ISCTE em particular. Assim foi!
Este ponto foi fundamental para elevar o debate, obrigando este a decorrer com razoável número de intervenções, bastante participado, não se cingindo ás questões de regulamentação da campanha.
O GAE começou por falar da questão da NÃO emissão de certificados de habilitações por parte do ISCTE. A verdade é que já chegaram a nós, via mail, algumas queixas de estudantes sobre o facto de não se poderem inscrever em mestrados, nem tão pouco arranjarem emprego, pois o ISCTE de há 1 ano para cá não tem passado certificados! Assim que estas informações nos chegaram, tratámos de falar com a Secretaria, e a situação foi-nos confirmada. O GAE pretendia assim fazer com que a AE tomasse alguma posição face a esta situação, tendo esta manifestado total desconhecimento da mesma.
Falou-se também muito da Acção Social no ISCTE, também devido a rumores de aumentos no pagamento de propinas pelos estudantes bolseiros face a um adiamento no pagamento das bolsas pelo ISCTE. Porém o Presidente da AE garantiu que em nada mudará o valor de propinas a pagar pelos mesmos, não tendo os bolseiros com que se preocupar. . .!

Para além de algumas pequenas alterações ao regulamento eleitoral, o GAE propôs e conseguiu aprovar:
Que as actas das reuniões passem a estar disponíveis para consulta de tod@ @s estudantes, 5 dias úteis após cada A.G.A. Já por 3 vezes tentámos obter as actas de reuniões anteriores e não nos foi possível.

AEISCTE promover um debate, na terceira semana de Maio, com a presença do Presidente do ISCTE, bem como da Presidente do Conselho Pedagógico, cujo tema seria Balanço do Processo de Bolonha, e a sua aplicação no ISCTE. O nosso objectivo com esta proposta foi a criação de mais um momento onde os estudantes poderão manifestar-se, e devemos tod@s fazê-lo, confrontando dois representantes das entidades responsáveis pela aplicação de Bolonha.

São poucos os momentos de manifestação dos estudantes!
Mesmo assim, há que não desanimar, e ainda menos pensar em desistir...o GAE chegou para ficar, pelo menos enquanto houver estudantes sem representação, problemas sem solução, e sobretudo, FALTA DE RESIGNAÇÃO!!!!

margarida santos

9 de março de 2007

PROTESTOS DE ESTUDANTES


Mais de 10 mil estudantes manifestaram-se ontem em Atenas e Salónica contra o projecto de reforma universitária do Governo conservador, aprovado hoje no parlamento. 40 pessoas foram presas e 10 feridas na sequência de confrontos com a polícia. Estudantes e professores contestam a lei que abre a porta às universidades privadas, impõe um prazo para a conclusão dos cursos, acaba com a gestão democrática das universidades e permite à polícia entrar nas instituições de ensino superior. O parlamento grego aprovou hoje a lei da reforma universitária com 164 votos a favor, 117 contra e 19 abstenções.
Desde há mais de dois meses, professores universitários e estudantes manifestam-se todas as semanas contra esta reforma que prevê a instauração de prazos para a obtenção dos diplomas e permite a criação de universidades privadas, até agora inexistentes na Grécia.
No dia em que a lei foi aprovada, milhares de estudantes manifestaram-se nas ruas das duas principais cidades gregas: Atenas e Salónica. Durante as manifestações ocorreram violentos confrontos com a polícia, tendo resultado em 10 feridos e 40 detidos.



7 de março de 2007

VEM AÍ O 8 DE MARÇO!!!

roubei isto dum amigo meu, que postou isto numa certa enciclopédia chinesa.

vale a pena


Because We're Women
Because our work is never done & under or unpaid or boring or repetitious
and we’re the first to get the sack
and what we look like is more important than what we do
and if we get raped its our fault
and if we get bashed we must have provoked it
and if we raise our voices we’re nagging bitches
and if we enjoy we’re nymphos
and if we dont were frigid
and if we love women its because we cant get a real man
and if we ask our doctor too many questions we’re neurotic and/or pushy
and if we expect community care for children we’re selfish
and if we stand up for our rights we’re aggressive and unfeminine
and if we don’t we’re typical weak females
and if we want to get married we’re out to trap a man
and if don’t we’re unnatural
and because we still cant get an adequate safe contraceptive but men can walk on the moon
and if we cant cope or don’t want a pregnancy
we’re made to feel guilty about abortion
and for lots and lots of other reasons
we are part of the women’s liberation movement

Joyce Steves, 1975


margarida santos