15 de dezembro de 2007

ADEUS AO PRESIDENTE DO IST?


O presidente do Instituto Superior Técnico (IST), Carlos Matos Ferreira, pôs ontem o seu lugar à disposição e diz que só se vai manter à frente da escola se o órgão máximo da instituição aprovar uma moção de confiança. Em causa, ao que o Jornal de Negócios apurou, está o facto de Carlos Matos Ferreira ter perdido recentemente duas “batalhas” internas – a transformação do IST em fundação e a transformação da Universidade Técnica de Lisboa (à qual o IST pertence) numa universidade federal.A decisão surgiu anteontem, durante a assembleia de representantes do IST, que é o órgão máximo da escola. Carlos Matos Ferreira começou por dizer que colocava o seu lugar à disposição e que, para se manter no cargo, queria obter uma renovação de confiança.
O presidente do IST vai também pedir um voto de confiança ao conselho científico, que tem sempre uma palavra fundamental na eleição do presidente.Até ao fecho da edição, não foi possível contactar Carlos Matos Ferreira.
Decisão em Janeiro
A assembleia de representantes deve agora reunir-se de novo em Janeiro, de forma a pronunciar-se sobre a questão, algo que não fez anteontem.Segundo informações recolhidas pelo Jornal de Negócios, Carlos Matos Ferreira fez ainda questão de indicar que, quando for votada a moção de confiança, só aceita continuar se, além da maioria dos votos, tiver o apoio de pelos menos um terço dos alunos, de um terço dos professores e de um terço dos funcionários.
Quatro demissões
Ao contrário de Carlos Matos Ferreira, o presidente-adjunto para os assuntos administrativos, António Cruz Serra, apresentou mesmo a demissão na reunião de anteontem, indicando que se mantém no cargo no máximo até Fevereiro (está a aguardar um relatório do Tribunal de Contas relativo ao IST). Eduardo Pereira, um dos três vogais docentes do conselho directivo presidido por Carlos Matos Ferreira, apresentou igualmente a demissão e fê-lo em nome dos três vogais.Por sua vez, o presidente-adjunto para os assuntos pedagógicos solidarizou-se com o presidente do IST, enquanto o presidente-adjunto dos assuntos científicos não se pronunciou.Contactado pelo Jornal de Negócios, o vice-presidente da assembleia de representantes do IST, João Cunha Serra, diz lamentar “ a instabilidade que a nova situação traz à escola”. “Tendo em conta que o IST deve fazer eleições internas depois do Verão, era importante que não houvesse mudanças até lá”, refere.
blog de campus do jornal de negócios

1 comentário:

Anónimo disse...

Tenham vergonha!!!...o IST "saca" funcionários a empresas, depois de estas investirem na sua formação, passando a fazer concorrência desleal, utizando indevidamente o dinheiro dos portugueses...