10 razões para votar SIM
1. Esta lei persegue e humilha as mulheres
Nos últimos anos, dezenas de mulheres passaram pela humilhação dos julgamentos. Perante toda a gente, a sua vida privada foi devassada e escrutinada, juntamente com maridos, namorados ou pais. Algumas das mulheres que estão a ser julgadas já estão grávidas ou tem filhos desejados, a quem têm de explicar porque vão a tribunal. Portugal é o único país da Europa onde esta vergonha continua.
2. O Aborto Clandestino é um grave problema de Saúde Pública
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, já muitas mulheres morreram em Portugal por causa de abortos clandestinos. Milhares de outras ficaram com sequelas psicológicas e físicas, incluindo a esterilidade permanente. Todos os anos, milhares de mulheres chegam às urgências dos hospitais com hemorragias e complicações várias decorrentes de abortos clandestinos feitos em condições deploráveis.
3. É mais fácil combater o aborto se a lei for alterada
Actualmente, as pessoas que recorrem ao aborto clandestino não têm qualquer espécie de acompanhamento. Se o aborto se realizar em estabelecimentos de saúde legais, implicará consultas de acompanhamento, planeamento familiar e educação sexual, que contribuem para minimizar a possibilidade de uma nova gravidez indesejada.
4. A despenalização não obriga ninguém
As duas opções deste referendo não são simétricas: Quem defende a despenalização, defende que todas as mulheres possam decidir de acordo com a sua consciência. Quem defende o não, defende o julgamento e a prisão dos que não partilham os seus valores.
5. Não há métodos contraceptivos 100% seguros
Isso quer dizer que nenhum casal sexualmente activo, por muito informado e cuidadoso que seja, está livre de se confrontar com uma gravidez indesejada. Pode acontecer a tod@s. É por isso que é importante que, cada um e cada uma possa decidir como agir numa situação dessas.
6. A maternidade e a paternidade devem ser escolhas conscientes e responsáveis
A maioria das mulheres que recorrem ao aborto já são ou querem vir a ser mães. A maternidade e paternidade exigem condições emocionais e económicas, de estabilidade relacional e profissional, que permitam aos pais dar o melhor de si aos seus filhos. Defender a escolha é defender uma maternidade e uma paternidade conscientes e responsáveis.
7. As dez semanas permitem a qualquer mulher identificar a gravidez
Sendo o aborto despenalizado até às dez semanas, nenhuma mulher que não deseje essa gravidez, a deixará arrastar. Os números mostram que, nos países em que a lei permite um período de escolha, na esmagadora maioria dos casos, o aborto eh realizado numa fase inicial da gestação e por via medica e não-cirúgica.
8. Os países com melhor educação sexual e planeamento familiar despenalizaram o aborto
Não há contradição entre a educação sexual, o planeamento familiar e a despenalização do aborto. Antes pelo contrario, os países com melhores praticas e indicadores ao nível da educação sexual e planeamento familiar são todos países que despenalizaram o aborto.
9. O aborto clandestino afecta em particular os mais desfavorecidos
São as mulheres que tem menos informação e menos recursos, as mais jovens e sozinhas que recorrem ao aborto de vão de escada e ao auto-aborto. E são também as mais vulneráveis à perseguição judicial.
10. Este é um problema de tod@s
Há oito anos, o Sim perdeu por falta de comparência. Muitos consideraram que o problema não era seu. Outros acreditaram nas sondagens que davam vantagem ao Sim e não se preocuparam. Não deixes que outros decidam por ti. Vota no Referendo. Vota Sim.
7 de janeiro de 2007
PORQUE VOTAMOS SIM
Publicada por Grupo de Acção Estudantil do ISCTE à(s) domingo, janeiro 07, 2007
Etiquetas: referendo
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4 comentários:
como é que um grupo livre emite um voto?
é exactamente por sernos livres que emitimos um voto...
emitimos um voto porque somos livres...
Va la que representam todas as opinioes...
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